Cores na decoração 2016

Rose Quartz e Serenity, as duas novas cores da Pantone

23/03/2016

A cor exerce uma importância fundamental no dia a dia das pessoas, além do seu caráter estético, ela influencia em nossas percepções sensoriais e psicológicas, interferindo, desde as sensações de frio e de calor até nossas alterações de humor, como entusiasmo, alegria, prazer, calma e, ressalte-se: a cor interfere nas perspectivas de espaço. Por estas características que se resumem em sua função tríplice de impressionar, expressar e construir, a cor pode ser explorada das mais diversas formas nos ambientes. É possível, por exemplo, criar uma imagem corporativa para ser transmitida a funcionários e clientes; pode-se reverter a impressão de monotonia para um ambiente mais estimulante; como também é possível dar uma impressão de ambiente mais longo apenas aplicando cores escuras em duas paredes que ficam de frente uma para outra.

 

Referência da Pantone para o Rose Quartz e o Serenity

 

Após muito influenciar a indústria gráfica, a Pantone, uma empresa americana mundialmente conhecida por criar referências de cores, está estendendo, cada vez mais, a sua influência para a moda e a decoração. Todos os anos, desde 2000, a empresa apresenta ao mercado novas famílias e matizes de cores, baseadas em uma escala numérica. Toda essa inovação acaba por estabelecer referências, criando tendências. Em 2015, o Marsala, um vinho marrom avermelhado e naturalmente robusto, foi a indicação da empresa, dando ares elegantes e mais calorosos aos ambientes. Este ano, a Pantone ousou e, pela primeira vez, indicou não uma, mas duas cores referenciais: Rose Quartz e Serenity, desafiando as percepções tradicionais de associação de cores. Juntas demonstram um equilíbrio inerente entre um rosa quente acolhedor e um azul mais suave, refletindo uma conexão e bem-estar, assim como um senso de ordem e paz", como definiu a Pantone em seu site.

Simulação de cores na perspectiva da suíte do Águas de Março

 

O resultado desta dupla é uma combinação que faz muito bem aos olhos e à alma. Elas despertam bem-estar e nos transportam para uma atmosfera de calma, ordem e paz. Percebe-se um absoluto equilíbrio que existe entre um rosa acolhedor como um abraço e um azulzinho mais frio e tranquilo, características das cores frias. Da nova tendência dos simbolismos das cores que expressam estado de espírito e atitude, o Rose Quartz e Serenity criam uma harmonia muito positiva no ambiente. A primeira, por apresentar um tom persuasivo, ao mesmo tempo em que é suave, transmitindo compostura. A segunda é leve e arejada e capaz de trazer alívio, relaxamento e paz, afinal, é a cor do céu. Como ressalta a arquiteta paraense Larissa Chady, “hoje, temos centenas de cores a nossa disposição, mas a grande ciência do uso das cores é o equilíbrio. Seja nos tons claros, seja nos tons escuros. O equilíbrio é o que dá harmonia, a sensação de agradabilidade do ambiente e aconchego, em qualquer que seja a situação”.

Simulação de cores na perspectiva do office do Aquarela Flex

 

Portanto, se o objetivo da decoração é transmitir, psicologicamente, tranquilidade e segurança, tão necessárias em nossos dias, não tenha dúvida que a dupla Rose Quartz e Serenity é perfeita para passear pela sala, quarto, hall, enfim, a casa toda. Outro fator: as cores coincidem com os dois gêneros e contemplam com perfeição os movimentos sociais modernos.Em decoração, assim como na vida, nada é obrigatório ou impositivo, porém, tendências de especialistas não são escolhas aleatórias, frutos de estudos e, na maioria das vezes, até de cálculos e tabelas, caso da Pantone. Assim, quando associar cores a ambientes, lembre-se de que elas balizam escolhas, apontam caminhos e afetam nossas emoções. Encare como ótimas sugestões apontadas por quem, de fato, entende do assunto. São mais subsídios para você optar pela cor ideal do seu ambiente, tanto do ponto de vista pessoal, quanto pelos critérios técnicos. A única regra é usar as cores para estimular boas emoções nos ambientes e se divertir mudando os ares, de tempos em tempos, por que não?